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Lançamento Criatec na Bahia

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Fundo Criatec investe até R$ 1,5 milhão em negócio de base tecnológica inovadora 

Projetos, incubadoras, empreendimentos e empresas com perfil inovador podem desenvolver e agregar valor aos seus produtos e serviços com aporte de até R$ 1,5 milhão através do fundo de capital-semente Criatec, cuja representação foi trazida à Bahia por iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), com apoio da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O lançamento do Criatec em Salvador aconteceu hoje (dia 17) na sede da fundação, em evento que reuniu pesquisadores, empreendedores e empresários interessados nos critérios para submissão das propostas, que deve ser feita através do site www.fundocriatec.com.br. 

Criado em 2007 pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, o Criatec é um fundo de capital de risco administrado por duas entidades privadas: o Instituto de Inovação (MG) e a Antera Gestão de Recursos S.A.(RJ). Sua meta para os próximos dez anos é investir R$ 100 milhões em micro e pequenos negócios baseados em tecnologia inovadora em qualquer área de conhecimento, inclusive que estejam em estágio zero (ainda não iniciados ou sem faturamento). Os recursos são provenientes do BNDES (80%) e Banco do Nordeste – BNB (20%). O gerente regional do BNB, André Oliveira, esteve presente ao evento e afirmou o interesse do banco em prolongar a parceria com o Criatec por atestar a eficácia deste método de financiamento de risco. 

“O Criatec se torna sócio da oportunidade, fazendo o aporte de recursos em troca de participação acionária. Se o empreendedor ainda não tiver uma empresa formalizada, o Criatec ajuda a criar a pessoa jurídica”, explicou o gestor nacional do fundo, Alexandre Alves. Na opinião dele, há uma revolução silenciosa acontecendo em todo o mundo fundamentada na produção científica e tecnológica. “O desafio do Brasil é crescer através da educação, empreendedorismo e inovação, gerando impostos e empregos qualificados“, comentou. 

Além do investimento, o Criatec participa ativamente da gestão das empresas, dando suporte estratégico e gerencial, ajudando na seleção e formação da equipe, definindo metas e acompanhando os resultados, visando a aceleração do negócio. “O retorno ocorre no momento da venda da participação do Criatec para um investidor estratégico, que pode ser um grande cliente da empresa ou um fundo de investimento em médias empresas. Nossa saída do empreendimento pode variar de dois a dez anos após o investimento”, explica o representante do Criatec na Bahia, Gustavo Motta. 

A maioria dos financiados se concentra no sul e sudeste, pólos consolidados de inovação, mas para Motta o potencial baiano é evidente. “Identificamos o panorama no estado com o auxílio da Fapesb e nossas expectativas já estão sendo superadas. Registramos até agora um número de inscrições de propostas compatível com as regiões sul e sudeste”, informou Motta. 

Estímulo à competitividade 

“Iniciativas como o Criatec contam com o apoio do Estado porque são mecanismos importantes para a reposicionar a Bahia no setor de tecnologia e inovação, estimular a competitividade empresarial e a diversificação da economia. Dessa maneira, contribuímos para a geração de emprego e redistribuição de renda”, observa o secretário estadual de CT&I, Eduardo Ramos. 

A Fapesb colaborou para a vinda do Criatec à Bahia fazendo um levantamento de empresas e projetos de base tecnológica que tenham potencial para receber esse aporte de recursos. Para o diretor Elias de Souza, a expectativa é que a iniciativa do Criatec, aliada às ações do Programa Empreende Bahia, desenvolvido pela Fapesb, consolide micro e pequenas empresas inovadoras no estado. 

Através do edital PAPPE Subvenção, a Fapesb apoiou este ano com recursos não-reembolsáveis 41 projetos de pesquisa em empresas desenvolvidos por pesquisadores atuantes na Bahia. Deste total, 14 são empresas incubadas em universidades estaduais e federais, a partir de projetos criados por alunos e professores em áreas como engenharia e tecnologia da informação e comunicação (TIC). 


Data: 17/09/2009 
Fonte: Ascom Fapesb